Idealizadoras:
Beatriz Della Costa
Carolina Althaller
Resumo:
O processo começa com o exercício de imaginar um futuro em que nós, mulheres, nos sentimos seguros, respeitados e sofisticados. Mas quando essa imaginação se transforma em ação, criamos uma força política transformadora. Foi isso que aconteceu na Assembleia Constituinte de 1988. O ambiente era quase todo masculino. Dos 559 deputados e senadores eleitos para reescrever a Constituição, apenas 26 eram mulheres. Sendo minoritárias, elas entenderam muito rápido que seria preciso unir forças pelos direitos das mulheres. Assim nasceu o movimento conhecido como Lobby do Batom. Deixando de lado suas diferenças em relação a outros temas, os constituintes conseguem aprovar 80% de suas propostas na nova Constituição Federal, como o direito ao subsídio e à licença maternidade de 120 dias. No início dos anos 2000, mulheres de diferentes partidos se uniram novamente em torno de uma causa comum. Inspiradas pela trágica história de Maria da Penha Maia Fernandes — uma cearense que sobreviveu a duas provas de feminicídio pelo próprio marido —, elas trabalharam para criar uma legislação que criminalizasse todas as formas de violência contra a mulher: física, psicológica, patrimonial e moral. O resultado desse esforço foi a aprovação da Lei Maria da Penha, em 2006. A nova legislação trouxe medidas protetivas de urgência, como a proibição de aproximação do agressor, além de penas mais severas para os prejudicados. Mais do que um avanço jurídico, a lei transformou a conscientização sobre a violência de gênero no Brasil. Neste relatório, convidamos você a conhecer exemplos de consensos entre mulheres do campo democrático — progressistas, moderadas ou conservadoras — que marcam a luta pelos direitos das mulheres no Brasil.
Fonte: Instituto Update
Leia na íntegra: https://www.institutoupdate.org.br/proyecto/mulheres-em-dialogo/





